Os veículos elétricos terão um papel crucial na descarbonização do Brasil, apresentando novos desafios para o setor de seguros. O país deverá conviver com uma frota de múltiplas tecnologias, com um número crescente de carros e ônibus elétricos e híbridos circulando ao lado dos modelos a combustão. Essa foi uma das conclusões do debate “Expansão do mercado de veículos eletrificados no Brasil: reflexos na indústria automotiva e no setor de seguros”, realizado na COP 29, em Baku, Azerbaijão, com a participação da CNseg, CNT e Anfavea.
No Brasil, a expansão de veículos elétricos e híbridos enfrenta vários desafios, como a falta de incentivos governamentais, ausência de infraestrutura adequada e escassez de normas técnicas específicas. Mesmo assim, as vendas estão em alta.
De acordo com a Anfavea, até outubro de 2024, foram vendidos 140 mil veículos eletrificados, representando 7,16% do total de veículos vendidos no país, um crescimento expressivo em relação aos 94 mil do ano anterior. A previsão é de que essa expansão continue: a Anfavea projeta que, até 2030, as vendas de veículos elétricos leves podem superar as de veículos a combustão, alcançando 1,5 milhão, e, em 2040, representem mais de 90% das vendas.
Para que essa transformação ocorra, a Anfavea aponta a necessidade de desenvolver um ecossistema robusto, incluindo uma cadeia de fornecedores, infraestrutura como postos de recarga, geração e distribuição de energia, produção de biocombustíveis, além de normas técnicas e políticas de incentivo.
O diretor-executivo da Anfavea defende a eletrificação da frota, acreditando na coexistência de múltiplas tecnologias para descarbonizar os veículos e reduzir as emissões de CO2. “Optar pelo biocombustível, elétrico ou hidrogênio é uma questão comercial das empresas, mas essa transição é inevitável. No setor automotivo, não há retorno, e os consumidores estão demandando essa mudança”, afirmou Igor Calvet.
Dyogo Oliveira, presidente da CNseg, explicou que o setor segurador está acompanhando essas transformações e se preparando para o aumento dos veículos eletrificados. “Os carros elétricos possuem particularidades no seguro. Em caso de dano à bateria, pode ser mais viável considerar perda total. O setor segurador precisa estar preparado para essas diferenças”, declarou Oliveira. Ele acrescentou que a ampliação da frota eletrificada deverá melhorar a oferta de peças e profissionais capacitados para reparos, o que tende a reduzir os custos.
A Confederação Nacional dos Transportes (CNT) apoia a adoção de tecnologias variadas para o transporte brasileiro, visando a descarbonização de toda a cadeia. Segundo o presidente Vander Costa, o álcool é uma alternativa significativa nesse processo. “A eletrificação é uma realidade e pode ser uma solução para o transporte urbano no país, enquanto o álcool pode ser uma alternativa mais adequada para veículos que percorrem longas distâncias”, concluiu Costa.
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